A quem pertence um sistema desenvolvido?

Quando desenvolvemos um sistema a quem pertence o BE e o FE?
Ao programador ou ao cliente?

Ola Mylton,

Depende.

Você desenvolveu na sua casa ou na empresa?
Você utilizou os recursos da empresa (máquina, impressora,internet e etc.) ou utilizou a sua máquina?
Você trabalha diretamente no T.I?
Você foi contratado para desenvolver sistemas?

Tem uma série de fatores que implicam no que diz respeito ao software desenvolvido.

Olá a todos,

Mylton, na minha opinião, considerando que desenvolveu em casa e no seu tempo quer o FE quer o BE são partes (componentes) do seu projeto, alem disso normalmente os aplicativos tem os "Termos de utilização" que devem ser claros.

Quanto à informação que está nas tabelas do BE (dados clientes, etc), na minha opinião são do cliente.

Agora levanta-se a questão, se o BE está protegido (e muito bem) e o cliente quer os dados?

Se ele quando adquiriu tinha colocado essa função, teria que ser desenvolvida forma de acesso aos dados.
Se pretende agora:
A) tem que atualizar sistema com essa funcionalidade;
b) pode negociar desbloqueio do BE com termo de responsabilidade.
c) recorrer a terceiros

São sempre situações delicadas que devem estar previstas no fornecimento do programa ao cliente.

Fica a minha opinião e aguardamos mais de outros colegas do fórum.

Abraço a todos

Bom dia.
Li as respostas de vcs.
Mas gostaria de "apimentar" um pouco mais.
RS.

No FE está, penso eu, toda a engrenagem necessária a visualização dos dados. Nesse ficam os "segredos" de como funciona o sistema.
No BE estão as informações, os dados.
Dados esses que foram coletados pelo cliente. Correto?
Não seriam essas informações propriedades dos clientes?
Os dados não seriam deles?
Se sim, não deveríamos permitir a esses clientes acesso a esses dados?

O que pensam?

Olá a todos,

Mylton, leia atentamente a minha resposta anterior, creio que responde à sua última questão.

No entanto, posso relatar um exemplo de um projeto que desenvolvi.
Foi-me solicitado uma projeto com proteção máxima dos dados, mesmo internamente copia da base de dados.
Não é tarefa fácil mas expliquei o que era possível fazer em questão de proteção e segurança.
Pois na minha opinião nada é infalível, o que por vezes fazemos é criar várias "barreiras".

Logicamente exoliquei que se um dia quisessem migrar para outro aplicativo não podiam.
Pois o BE é emcriptado e não partilho a password, propondo que o adequado seria ter um modulo de exportação no próprio sistema desenvolvido, que regista quando por quem e pede palavra passe que foi disponibilizada na aquisição.
Ora como podem verificar pediram segurança máxima, mas acesso aos dados para exportação apenas.

Fica mais este meu testemunho.

Abraço a todos

Obrigado AHTexeira.
Como não vivo de programação no dia a dia desse mundo não possuo a "espertesa" necessaria. Diria que a malandragem, no bom sentido por favor, de saber os caminhos da pedra.
O que penso é que os dados são deles, dos clientes.
E não vejo ou melhor não entendo o porquê de não se dar o password do BE à eles.
Afinal, se ele der a terceiros ou perder e de responsabilidade dele.
Claro que proteger o acesso a estranhos é válido.
Mas...no meu caso, o que vou criando é para uso pessoal, no máximo uma secretária e um colega de profissão.
E aí penso...
Porque não oferecer a senha do banco dele à ele?
Por que dividir?
Enfim...
Esse tópico, pelo menos para a minha pessoa é para amadurecer mais essa questão.

Penso igual ao colega Álvaro. As informações alimentadas nas tabelas do backend são de propriedade do cliente e devem ser devolvidas em planilhas/relatórios ao fim de um contrato. Mas garantir a segurança das tais informações é papel do software e compartilhar a senha põe essa tarefa em xeque. Vale lembrar que a estrutura do backend não foi criada pelo cliente, mas é propriedade intelectual do desenvolvedor e é o backend e sua estrutura que permitem que as engrenagens do frontend funcionem. Estando com a senha é fácil o cliente danificar a estrutura do backend e culpar e cobrar o desenvolvedor por prejuízos causados por mal funcionamento do software. Eu, particularmente, nunca arriscaria.

Olá a todos
eu também quero partilhar a minha experiencia.
Eu cresci com o máximoaccess e hoje sou um desenvolvedor e vivo disso.

1º por inexperiência os meus primeiros projectos eu partilhava a senha com os cliente, e quando menos esperava o aplicativo foi passado para mais clientes sem o meu consentimento.
2º Hoje nos meus projectos normalmente no FE coloco gatilhos de exportação para planilhas de Excel de modos a que no fim de um contracto, o cliente tenha os seus dados em planilhas.
3º No termo de desenvolvimento e fornecimento de qualquer aplicativo coloco uma clausula que diz:".....o sistema é propriedade do desenvolvedor que cede sua licença de uso ao cliente….", modelo de contracto de Avelino Sampaio. e funciona.
Por isso minha opinião, nem a senha do BE nem do FE devem ser passadas para o cliente. Porque se eu tenho acesso ao BE tenho o Aplicativo todo e posso fazer o FE e vice-verso.

Espero ter ajudado.
Abraços